O apagão que afetou o Nordeste e parte da região Norte do País na
madrugada desta sexta-feira foi causado por um curto-circuito ocorrido
às 0h14 no segundo
da linha de transmissão em 500 kV Colinas-Imperatriz, informou o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A estrutura, que faz parte
da interligação entre os sistemas Sul/Sudeste/Centro-Oeste e
Norte/Nordeste, é de propriedade da Taesa, empresa que tem a Cemig e um
fundo de investimentos como acionistas majoritários.
Em nota divulgada nesta sexta-feira o ONS disse que esse evento ocorreu
em uma chave seccionadora do capacitor série da linha de transmissão,
que ficou danificada. O defeito foi eliminado pela atuação das proteções
de retaguarda da subestação Colinas, que resultou no desligamento de
oito circuitos de 500 kV a ela conectados. Essa ação causou a separação
do sistema Norte/Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional
(SIN).
De acordo com o comunicado, com o isolamento da região Nordeste, houve
uma queda acentuada de tensão e frequência que provocou o desligamento
total das cargas dessa região, no montante de 9.500 MW. Na região Norte,
houve o desligamento de 3.400 MW, correspondendo a 77% da carga total.
Conforme o ONS, a cidade de Belém não foi afetada, sendo suprida
diretamente pela usina hidrelétrica de Tucuruí.
O operador disse que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste também não
foram afetadas pela perturbação. No processo de recomposição do sistema,
cerca de quatro horas após a ocorrência, 70% das cargas estavam
restabelecidas.
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