A Oi apresentou nesta quarta-feira, 25/07, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seu plano de investimentos no valor de R$ 5,2 bilhões. O montante será aplicado na melhoria da rede móvel nos próximos, sendo cerca de R$ 1,7 bilhão para a melhoria da qualidade da rede.
Segundo o vice-presidente de Planejamento Executivo da Oi, João de Deus, o plano prevê a melhoria da cobertura e da capacidade, atualização tecnológica, melhoria dos serviços, diminuição de interrupção e atuação nos grandes eventos internacionais.
Para ele, a ação da Anatel em proibir as vendas da operadora em cinco estados está dentro do papel da agência de regular o setor. “A Anatel tem legitimidade de adotar essa medida e esperamos que, com essa demonstração que fizemos hoje, com um plano consistente e focado na melhoria de vários aspectos do serviço, o prazo [de suspensão] seja o mínimo possível”, disse o executivo da Oi.
O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, considerou o plano da Oi robusto, mas disse que a Anatel pediu alguns ajustes, principalmente em relação ao atendimento aos clientes e aos pontos que vão permitir o controle dos indicadores pela Anatel. A operadora deverá apresentar esses ajustes à Anatel no início da próxima semana.
De acordo com Ramos, todas as operadoras fizeram seu dever de casa, mas precisam trabalhar mais em indicadores específicos para que a população possa acompanhar a melhoria da qualidade. “Não é só um papel. Queremos planos com indicadores que permitam que a Anatel verifique se realmente existem investimentos, se a capacidade da rede acompanha o crescimento do setor, para que o Brasil melhore a qualidade de acordo com os regulamentos da Anatel“, disse o superintendente.
Nesta semana, TIM e Claro já apresentaram seus planos de investimentos para tentar reativar a venda de chips, suspensa na segunda-feira, 23/07,e ainda sem prazo para ser retomada. Veja onde as teles estão proíbidas de comercializar seus chips:
TIM
Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins.
Oi
Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rio Grande do Sul
Claro
Santa Catarina, Sergipe, São Paulo
Tempo para mudar
Se há uma pressão da Anatel sobre as operadoras, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, admitiu que melhoria da qualidade do serviço de telefonia móvel ainda vai demorar a ser percebida pelos usuários. "Os problemas levarão meses para serem solucionados e nós não temos a pretensão de proibir as vendas durante esse tempo todo", afirmou.
Segundo ele, o governo espera que as companhias apresentem um plano com "início, meio e fim" para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) indicando as medidas que tomarão para satisfazer o usuário.
"Não temos expectativa de que rapidamente vamos resolver todos os nossos problemas. Mas é possível apontar soluções, os caminhos, assumir compromissos públicos e a partir daí executar um plano", completou.
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